O Brinquedo na Escola
Muitos teóricos têm enfatizado a importância do brincar sob vários pontos de vista. Para Piaget (1951), o jogo é fator de grande importância no desenvolvimento cognitivo. O conhecimento não deriva da representação de fenômenos externos, mas sim, da interação da criança com o meio ambiente. O processo de acomodação e assimilação é meio pelo qual a realidade é transformada em conhecimento. No brincar, a assimilação predomina e a criança incorpora o mundo à sua maneira sem nenhum compromisso com a realidade. Neste sentido, brincar é parte ativa, agradável e interativa do desenvolvimento intelectual.
Para Vygotsky (1967), há dois aspectos importantes no brincar: a situação imaginária e as regras. A situação imaginária criada pela criança, preenche necessidades que mudam de acordo com a idade. Um brinquedo que interessa a um bebê não interessa a uma criança mais velha. As regras presentes no brincar não são regras explícitas, mas que a própria criança cria o desenvolvimento desses dois aspectos delinea a evolução do brinquedo das crianças.
Para Denzin (1975), a atividade lúdica é um meio de ensinar a criança a se colocar na
perspectiva do outro. No brincar, interações face a face com uma ou mais pessoas são desenvolvidas,
orientando os comportamentos cognitivos e simbólicos. Brincando, a criança se inicia na representação de papéis do mundo adulto que irá desempenhar mais tarde. Desenvolve capacidades físicas, verbais e intelectuais, tomando capaz de se comunicar. O jogo ou brinquedo são, portanto, fatores de comunicação mais amplos do que a linguagem, pois propiciam o diálogo entre pessoas de culturas diferentes.
Edda Bomtempo Instituto de Psicologia – USP
http://scholar.google.com.br/scholar?q=brinquedo+e+educa%C3%A7%C3%A3o+na+escola&hl=pt-BR&btnG=Pesquisar&lr= 22/11/2011 às 10:44 hs.
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